Crónica #21 – CSKA Moscovo 2-2 Manchester City

A vida do Manchester City no denominado grupo da morte complicou-se imenso depois do empate concedido ontem na Arena Khimki em Moscovo. À porta fechada, cumprindo o 2º jogo dos 3 obrigados pela UEFA por mau comportamento sistemático dos seus adeptos, o CSKA aproveitou para conquistar os primeiros pontos na prova perante uma equipa inglesa que começou a gerir muito cedo a vantagem acumulada no primeiro tempo. Afirmativo também será dizer que o empate se sucedeu graças a um erro de arbitragem no lance que origina o penalty que garante o empate à equipa orientada por Leonid Slutsky nos derradeiros minutos da partida.

Leonid Slutsky repetiu o mesmo onze e o mesmo modelo de jogo que tinha aplicado perante o Bayern na jornada anterior. Com um meio-campo em losango, voltou a apostar em Alexei Berezutski no vértice mais recuado desse meio-campo, Natcho no vértice mais adiantado no apoio a Ahmed Musa e Roman Eremenko, o sérvio Zoran Tosic na direita e Georgi Milanov na esquerda, devidamente apoiados pelas incursões dos laterais Schennikov e Mario Fernandes.
Já Manuel Pellegrini fez alinhar o seu onze base. Perante a ausência de Frank Lampard (contraiu uma lesão na coxa frente ao Tottenham) Pellegrini destacou Kun Aguero no apoio a Dzeko numa equipa que é impulsionada essencialmente pelos seus grandes motores no meio-campo: Fernando e Yaya na pressão defensiva, recuperação de bola e circulação do esférico e David Silva como o construtor de jogo. James Milner suplantou Jesus Navas na direita do ataque. O espanhol só viria a alinhar no segundo tempo.

O jogo teve duas partes distintas: na primeira, o Manchester City assumiu as despesas de jogo como habitual o faz, perante uma equipa russa a defender em bloco baixo pressionante à zona e a tentar sair em contra-ataque através de lançamentos do israelita Bebras Natcho para a corrida de Ahmed Musa na frente do terreno. Até aos 70″ pode-se dizer que Musa foi quase sempre muito bem anulado tanto por Kompany como por Mangala. Imperiais no desarme, perderam concentração nos minutos finais e permitiram que o CSKA recuperasse no marcador quando nada o fazia prever.

A equipa russa até entrou melhor no jogo com duas situações de perigo causadas por dois remates de meia-distância que sairam perto da baliza defendida por Joe Hart. Em aceleração rápida, Natcho tentou servir Roman Eremenko em velocidade para as contas de Kompany. Atento, o belga cortou para a frente permitindo um remate de Ahmed Musa que saiu por cima da baliza de Joe Hart. Poucos minutos mais tarde, Zoran Tosic tentou a sua sorte. A bola saiu ao lado da baliza da equipa de Pellegrini.
A partir daí, o Manchester City foi colocando em prática o seu típico carrossel. Recuperado esférico a meio-campo, David Silva quase sempre ofereceu linha de passe aos dois homens mais recuados do meio-campo e tratou de começar a tentar furas as linhas compactas da defesa profunda dos russos. A actuar mais descaído pela esquerda, o internacional espanhol tentou criar superioridade nesse flanco com Kun Aguero e Kolarov de forma a proporcionar, através de rápidas combinações oportunidades para o argentino dentro da área ou maior à-vontade para o sérvio tentar colocar a bola a jeito da finalização de Edin Dzeko na área. Muito atentos, os experientes centrais do CSKA (Serguei Ignashevic e Vasiliy Berezutski) não deram espaço ao sérvio para receber bolas na área. Nos únicos erros de posicionamento, pressão e marcação que cometeram surgiriam os 2 golos da equipa de Manchester.

Aos 28″ quando o City tomava conta das operações mas não conseguia ser uma equipa capaz de articular jogo entre linhas em velocidade de forma a furar a organizada defensiva russa, surge o primeiro golo da partida num lance em que a equipa de Manchester, neste caso David Silva, capitulou dois erros do meio-campo e da defesa russa: recebendo solto no corredor central um passe de Yaya Touré, não foi pressionado num primeiro momento por Berezutski e teve uma enorme liberdade, num segundo momento sobre uma tentativa de pressão macica dos 2 centrais que saíram ao seu encontro para matar a investida de picar a bola por cima dos defensores para a brilhante desmarcação de Dzeko. O bósnio, isolado na cara de Akinfeev foi altruísta e tocou para o lado para o golo de Kun Aguero.
O golo sofrido pelos moscovitas não os alertou para a necessidade de mudar o estilo de abordagem. A equipa campeã russa continuou a praticar a sua defesa baixa e a entregar as despesas do jogo à equipa visitante. Os ingleses voltaram ao jogo de paciência, capitulando um novo erro da defesa russa aos 37″ quando Yaya Touré viu Dzeko a desmarcar-se na área e cruzou para o 2º poste. O bósnio amorteceu de forma inteligente para o remate de Kun Aguero que seria empurrado por James Milner à boca da baliza. 3 falhas de marcação evidentes neste 2º golo por parte da defensiva russa.
No minuto seguinte, a equipa de Manuel Pellegrini poderia até ter enterrado o jogo quando, servido com um cruzamento rasteiro muito tenso de Kolarov na esquerda, Edin Dzeko não foi capaz de empurrar para o 3º da equipa. Todavia, foi bem estorvado por Ignashevic, não existindo qualquer motivo para grande penalidade. A bola ainda sobrou para o 2º poste onde apareceu James Milner a atirar ao poste.

Ao intervalo, a vantagem justificava-se pela assumpção das despesas de jogo por parte do City e pela manifesta capitalização dos dois erros defensivos cometidos pelos homens da casa.

Insatisfeito, Leonid Slutsky tratou de mexer ao intervalo com a entrada de Seydou Doumbia para o lugar de Alexei Berezutski. Apesar de não ter sido muito pressionante durante a primeira parte, Slutsky teve que alterar a geometria do meio-campo e arriscar com a saída do seu médio defensivo (passou Natcho para a sua posição, recuou Eremenko para a posição 10 e tirou Milanov da esquerda para a posição 8; Milanov rendeu muito mais nesta posição com a sua fabulosa capacidade de passe do que tinha rendido na esquerda; é um jogador que tem muitas dificuldades em criar desequilíbrios nas alas porque não tem 1×1) colocando Ahmed Musa na esquerda (na tentativa de inventariar um flanco esquerdo rápido com as subidas do lateral Schennikov) e Doumbia na frente de ataque, se bem, que em vários momentos da 2ª parte Doumbia trocou de posição com Musa para causar desgaste junto de Vincent Kompany.

Manuel Pellegrini deu a vitória como adquirida e, talvez menosprezando uma possível reacção do CSKA deverá ter pedido aos jogadores que adormecessem o jogo através da posse e circulação de bola no meio-campo adversário. Tal estratégia veio a provar-se como errada. A entrada de Doumbia e a passagem de Milanov para o centro do terreno vieram dar outra dinâmica ofensiva ao meio-campo da equipa da casa que paulatinamente viu ser-lhe atribuída a posse dentro do meio-campo dos ingleses. Doumbia foi um autêntico quebra cabeças quer para Fernando quer para os centrais. Se Kompany e Mangala demonstravam imensa segurança na anulação do avançado até aos 70″ quer através da recuperação de bolas sempre que este ou Musa tentavam um 1×1, quer no desarme limpinho e seguro, com muita ajuda de Pablo Zabaleta que, no flanco mais fraco do City limitou-se literalmente a praticar acções defensivas, pode-se dizer que a partir dos 70″, a partir do momento em que o City começou a perder o meio-campo (tornaram-se menos pressionantes, facto que levou Pellegrini a reforçar aquele sector do terreno com a entrada de Fernandinho aos 77″) dá-se um crescimento exponencial do CSKA, motivado pela redução da desvantagem aos 64″ num lance em que Eremenko furou o bloco defensivo do city com um passe a rasgar para a área aproveitando a desmarcação rápida de Musa perante a passividade de Kompany e Musa, na área, endossou de forma serena o esférico para o coração da área onde apareceu Doumbia a ser mais forte que Mangala.

A equipa do City tentou responder com mais velocidade no jogo e mais posse dentro do meio-campo russo. Silva deu a entender mais uma vez que estava ali para ajudar a construir o 3º da equipa e Pellegrini reagiu aos estimulos vindos da necessidade de matar a partida com uma substituição que visava refrescar o flanco direito com a entrada do vertical Jesus Navas, passando Milner para a esquerda. O médio-ala inglês não foi capaz de ganhar muitas batalhas individuais contra o assertivo (defensivamente) Schennikov.

Falsa ilusão…

O CSKA procurava mais que a derrota:
– aos 74″ Serguei Ignashevic esteve perto do empate. Livre batido na esquerda por Natcho, coloca a bola quase milimetricamente na cabeça do central Ignashevic num lance estudado. Caso tivesse chegado à bola, como estava solto de marcação, poderia ter ali feito o empate.
– dois minutos depois, nova bola colocada entre linhas do City pelo flanco direito (Mario Fernandes para Roman Eremenko) permitiu o remate ao avançado finlandês ao lado da baliza de Joe Hart. Num lance muito identico ao do primeiro golo da equipa da casa, Eremenko não tomou a melhor opção. Se tivesse rodado e visto a entrada de Musa e Doumbia teria feito uma jogada identica à que o nigeriano fez no lance do primeiro golo.
Até que, aos 84″, o golpe de teatro consumou-se com o lance que iria originar a grande penalidade convertida por Natcho. Belo cruzamento da esquerda em direcção a Seydou Doumbia (acabaria por ser substituído minutos mais tarde por causa de problemas físicos; foi alvo de algumas entradas duras no 2º tempo) e este, de forma inteligente, acusou o contacto defensivo de Kolarov para, na minha opinião, ludibriar o árbitro da partida e cavar uma grande penalidade, que, se fosse eu a ajuizar, jamais marcaria. O israelita Natcho converteu a grande penalidade e garantiu o primeiro ponto aos russos na competição.

Manuel Pellegrini ainda tentou reagir com a entrada de Stevan Jovetic nos minutos finais, mas, já era tarde para o montenegrino tentar amenizar os estragos. A equipa do CSKA até acabou por cima da partida, oferecendo-me a ilusão que se o jogo tivesse mais 10 minutos decerto o venceria.

Na alta competição a este nível todos os erros são aproveitados. Na Champions, nenhum treinador deverá dar um resultado como garantido. O City atrasou-se na corrida aos oitavos-de-final com o 2º empate da prova em 3 jogos (derrota em Munique) apesar de ter beneficiado da derrota da Roma frente ao Bayern. Será imperioso para a equipa de Manchester vencer o próximo encontro da contenda e esperar que o Bayern vença novamente a Roma no jogo que se irá disputar na Allianz-Arena.

 

Crónica #16 – CSKA 0-1 Bayern de Munique

No Khimkhi Arena, nos arredores de Moscovo, palco escolhido pelos dirigentes do CSKA para a realizar o jogo desta 2ª jornada da Champions em campo neutro à porta fechada em virtude dos desacatos cometidos pelos seus adeptos em Roma na 1ª jornada da competição, o Bayern de Munique de Pep Guardiola venceu com relativa facilidade a turma russa por 1-0.

Do lado russo, Leonid Slutsky viu-se confrontado com muitas adversidades dentro do seu plantel. A equipa russa pretendia limpar a péssima imagem deixada no Olímpico da capital romana, local onde foi goleada por 5-1 pela turma orientada por Rudy Garcia. Já a equipa de Pep Guardiola encarava este encontro de forma tranquila depois de ter vencido o Manchester City por 1-0 no Allianz Arena com um golo de Jerome Boateng nos últimos minutos a esconder uma exibição sofrível dos bávaros.

Com muitos ausentes devido a lesões, alguns importantes na manobra ofensiva da equipa como é Alan Dzagoev, o treinador do campeão russo só convocou 16 atletas para a partida. Apresentando um onze composto por Akinfeev na baliza; um eixo defensivo composto pelo brasileiro Mario Fernandes na direita, Vasily Berezutski, Sergei Ignashevic e Schennikov na esquerda; Alexei Berezutski como trinco, Milanov na esquerda, o israelita Natcho atrás dos avançados e Zoran Tosic na direita e uma frente de ataque composta pelo nigeriano Ahmed Musa e Roman Eremenko, o treinador russo visava dar alguma luta ao Bayern de Munique de Guardiola, a contas ainda com algumas ausências de peso na equipa como são Jerome Boateng, Franck Ribery ou Bastian Schweinsteiger.
Alinhando no sistema táctico que tem trabalhado desde o início da época, o catalão escalonou para esta partida: Neuer, Benatia, Dante, Alaba; Lahm, Alonso; Bernat, Muller, Robben, Gotze; Muller e Lewadowski. Motivo de destaque nesta equipa do Bayern é sem dúvida a versatilidade que Guardiola tem pretendido tirar de vários jogadores ao longo das partidas em que, devido às constantes trocas posicionais, são chamados a desempenhar várias posições no terreno e consequentemente às várias funções designadas pelo treinador nessas mesmas posições. Os jogadores do Bayern tem correspondido minimamente à ideia que está a ser sobejamente idealizada e trabalhada pelo seu treinador. Sem um jogador no lado direito, cabia a Benatia descair para a direita para defender Milanov, devidamente compensado e apoiado por Philipp Lahm. Sempre que Benatia ia a esse flanco fechar, Alaba fechava no seu centro; contudo, o austíaco alinhou quase sempre na posição de médio interior esquerdo, auxiliando Xabi Alonso e Phillip Lahm na construção de jogo e, descaíndo para o lado esquerdo de forma a criar desequilíbrios junto do ala esquerdo Juan Bernat. Na frente nada de novo: Muller com as suas habituais movimentações fora-da-área, Gotze a cair nas duas alas e Robben preferencialmente no flanco direito com oportunidade para executar as suas maravilhosas flecções para zonas interiores em drible.

O Bayern controlou a partida através da sua posse de bola. Praticando o seu habitual jogo de paciência perante uma equipa russa que se foi fechando lá atrás da maneira que melhor soube, optando sair rapidamente no contragolpe, preferencialmente com passes em profundidade para a velocidade de Ahmed Musa.

Nos primeiros minutos, a equipa germânica conseguiu construir algumas jogadas interessantes. Se nas primeiras oportunidades construídas, a equipa falhou na finalização e no último passe (aos 9″ quando Gotze dentro da área colheu um excelente cruzamento de Bernat na esquerda e atirou por cima da área; ou no minuto seguinte quando Robben flectiu do flanco direito para zona central em drible, rematando para defesa apertada de Akinfeev) sem que o CSKA conseguisse sair proficuamente do seu meio-campo (excepto numa ocasião em que Milanov rematou para defesa fácil de Neuer depois de uma jogada construída na direita por Tosic), aos 20″, Gotze desbloqueou a situação num lance em que ao tentar furar à entrada da área por uma cortina defensiva composta por jogadores da equipa russa, foi derrubado pelo lateral (adaptado) brasileiro Mário Fernandes. Fica somente a dúvida se a falta começa fora-da-área ou se existe continuidade da mesma para dentro da área. Na minha óptica, creio que começa fora-da-área mas continua dentro da caixa, havendo portanto lugar à marcação de grande penalidade.

Com um remate eficaz para o meio da baliza, Thomas Muller inaugurou o marcador.

Entre os 24″ e os 39″ minutos viriamos a assistir ao melhor momento da equipa russa na partida. Apesar de estar a ser dominada através das longuíssimas trocas de bola dos jogadores do meio-campo do Bayern e de jogadores como Natcho, Alexei Berezutski ou Roman Eremenko não terem conseguido sair em transições rápidas da forma mais desejável sempre que a equipa recuperava bola graças a uma pressão efectivíssima de Lahm, Alaba e Alonso no meio-campo, a equipa russa conseguiu durante estes 12 minutos ir à área do Bayern criar perigo, conquistar alguns cantos e ousar ameaçar a baliza de Neuer:
– quando aos 24″ o internacional finlandês de origem Russa Roman Eremenko tentou um remate em rotação já dentro da área que saiu por cima da baliza de Neuer.- quando aos 36″ Ahmed Musa, lançado em profundidade com uma bola longa ganha um despique na esquerda contra Mehdi Benatia, irrompe pela área dos bávaros e não consegue bater Neuer.
– aos 39″ Roman Eremenko manda uma bola à quina da trave da equipa alemã.

É certo que pelo meio, aos 26″ foi anulado um golo a Robert Lewandowski numa jogada de combinação muito vistosa ao primeiro toque entre Muller, Goetze e o avançado polaco. No momento da abertura de Muller para isolar o polaco este estava em fora-de-jogo.

A equipa de Guardiola podia inclusive ter ido para o intervalo a vencer por 2-0. Poucos minutos passados do maior ascendente dos russos na partida, mesmo a terminar a primeira parte, num lance em que Akinfeev foi rei: Robben recebeu a bola à entrada da área, entrou na caixa sob oposição do seu marcador directo (Schennikov) mas na hora de rematar foi perdulário e permitiu o corte ao lateral esquerdo internacional russo. Na sequência do corte do russo, a bola sobrou para Lewandowski que não conseguiu melhor que a Robben. Sobrando para uma terceira tentativa, a bola chega até Gotze. O alemão remata mas a bola é desviada por Sergei Ignashevic para as mãos de Akinfeev. O capitão da equipa russa, de 35 anos, foi um dos melhores em campo. Perante a sempre difícil postura de Lewandowski na partida, dentro da área, Sergei Ignashevic foi resolvendo com eficácia grande parte dos lances onde foi obrigado a intervir.

Na 2ª parte, o ritmo e a intensidade de jogo diminuiram. O Bayer continuou, na globalidade dos 45 minutos, a gerir a vantagem obtida no primeiro tempo através de uma pausada circulação de bola no meio-campo russo. Os russos arriscaram muito menos daquilo que tinham arriscado no primeiro tempo, limitando-se mais uma vez a bombear bolas longas à procura de Ahmed Musa e de Seydou Doumbia, entrado aos 65″ para o lugar do “ausente” Bebras Natcho. A equipa russa voltou a acusar dificultantes em suplantar a primeira linha de pressão dos bávaros e não conseguiu ter a rapidez necessária para ultrapassar o meio-campo com um futebol simples, de preferência com poucos toques no esférico.

Aos 52″ o lateral Schennikov esteve novamente muito bem a impedir um possível 2º golo dos alemães quando, chamado a fechar no centro do terreno impediu que Lewandowski finalizasse em potência na cara de Akinfeev após assistência perfeita de Mario Gotze. O internacional alemão, histórico da Mannschaft ad-eternum pelo golo decisivo que deu a vitória no Mundial deste ano, fez uma exibição muito interessante, recebendo tanto mais colado ao flanco esquerdo como ao flanco direito, flanco onde até chegou a entrar na área de influência de Arjen Robben (tabelou algumas vezes com o holandês).

O CSKA respondeu na sua única oportunidade na 2ª parte: lançado novamente em profundidade, Ahmed Musa tentou o remate frente aos dois centrais adversários vendo o seu remate bloqueado. O ressalto sobrou para Alaba com o austríaco a cometer um erro infantil dentro da área ao cabecear a bola para o lado onde apareceu novamente Musa a rematar. O austríaco emendou um erro com um desarme providencial ao remate do nigeriano.

Até ao final do jogo, já com Xherdan Shaqiri, Rafinha (Guardiola jogou pelo seguro colocando um lateral no flanco fraco do Real, flanco que foi explorado por Musa durante toda a partida) e posteriormente Cláudio Pizarro em campo, o Bayern retirou qualquer possibilidade do adversário tentar o empate através de uma posse de bola cuidada no meio-campo adversário, pertencendo até à equipa germânica o último lance de perigo na partida por intermédio do antigo extremo do Basileia. Shaqiri conseguiu-se isolar na cara de Akinfeev mas não conseguiu bater o mítico guarda-redes do CSKA. Akinfeev estorvou muito bem a acção do internacional suiço com a sua saída, fazendo com que este atirasse ligeiramente ao lado do seu poste direito. Akinfeev foi um dos melhores na partida. O melhor na partida foi na minha opinião Xabi Alonso. A sua qualidade de passe e a forma como pauta os ritmos de jogo desta equipa do Bayern assentam que nem uma luva nesta equipa. Do lado da equipa russa, Ahmed Musa empenhou-se imenso na partida mas foi muito perdulário para este nível nas 3 oportunidades que teve nos pés para empatar.  Manuel Neuer tem mérito numa delas com uma grande defesa aos pés do nigeriano.